Quando li a história do Celta do Alex, de imediato pensei: essa é a história que sempre procurei para postar no blog. Após uma análise do texto juntamente com o Bolzani, chegamos a mesma conclusão: isso é Great Toy Dreams! O carro não precisa ser o mais baixo do mundo, nem ter as maiores rodas. O que é necessário é uma verdadeira paixão entre o dono e seu brinquedo. Quando definimos o nome do blog, foi nisso que estávamos pensando. Cada um tem seu sonho e busca realizá-lo na medida do possível e por isso dá valor ao que tem na mão.
E por nos identificarmos tanto com a história, decidimos que o texto enviado pelo Alex seria publicado na íntegra aqui no blog. Portanto, num tom bem gaudério e divertido, conheçam um pouco da história desse Celta Missioneiro.
“Bueno, nessa prosa conto um pouco do meu Celta Spirit 1.0 – 2010.
A maioria da gurizada, quando chega aos 18 anos, tem o tal sonho medonho que é tirar a carteira de habilitação e ter o primeiro carro. Comigo não foi diferente.
No início da lida campeira, o gaúcho dificilmente tem “algum pila na gibera” pra conseguir comprar o tal sonhado “primeiro carro”. O patrão da casa, o pai, raramente deixa dar umas voltas com o carro dele, mas de vez em quando aquela fugida acontece e ainda faz questão de passar na frente dos amigos, se achando o galo véio.
São tudo coisas que fazem o cara valorizar ainda mais a aquisição do primeiro carro. Logo de partida não deu pra adquirir o tal automóvel, sendo que de início parti pra uma Biz 125. Pra mim já tava loco de bão, pra quem nunca teve nada no nome.
O tempo foi passando, o gaúcho véio foi juntando uns troco, e com meus 23 anos a idéia de comprar um carro começou a amadurecer de um jeito que não tinha mais jeito. Eu tava entre um Gol e um Celta. Na época a intenção era de pegar o mais barato, o mais simples, o mais econômico, ou seja, o carro tinha que ser pelado.
Bueno, em julho de 2010 adquiri meu primeiro carro, o Celta, e com muito sacrifício, foi zero bala. Tava mais faceiro que piá de bombacha nova. Sem querer mentir, mas na primeira semana eu lavava ele quase todo dia. No primeiro mês então, o Celta fez coisas que até Deus dúvida.
Claro, o Celta era pelado como já havia dito. Mas não teve jeito, sem um sonsinho carro não é carro. O negócio foi sacrificar algumas coisas como algumas cervejadas e mordomias que se tinha. Depois de 3 meses com o Celta, comprei um sonsinho da pionner e 2 alto-falantes pras portas. Não tocava nada, mas já tava loco de faceiro.
Foram várias as histórias com o Celta. Já andou em lavoura de soja, já serviu de motel disfarçado, já foi palco de shows e de muitas outras façanhas, mas que só vem acaso contar no acompanhamento de uma baita costela no fogo e muita gelada. Mas resumindo, o bendito nunca me deixou na mão!
Com o tempo, o Celta foi sendo aprimorado. Começou com rodas esportivas aro 14”, depois alguns detalhes internos, logo teve a substituição das molas originais por molas esportivas pra dar aquela sentada básica e por fim um sonsinho meia boca, com 2 6x9 da Bomber no tampão, 1 sub de 12” da Bomber, 1 corneta e 1 super tweeter da Hurricane e um módulo da Explodsound. Claro que sempre consultando as dicas do mano véio Jefer, parceiro desde os tempos de piá, que nem gosta de ajeitar um carro.
Pondo um fim na prosa, o Celta ta aí hoje fazendo até ensaio fotográfico. Mas é aquela história, cada um com suas paixões.
Agradecimento ao pessoal responsável pelas fotografias e aos amigos Jeferson, Junior (vulgo Cebola) e Rogério que acompanharam e que também tiveram seus automotores registrados.”
O Alex que veio para Santo Ângelo para acompanhar o ensaio dos carros dos amigos Jef e Hoffmann, não se conteve e tratou de incluir o celta no set list do dia. Paixão por carros é assim, a gente sempre quer dar um presente para o nosso brinquedo!
Texto: Lucas Pause.
Fotos: Vicenzo Bolzani.
FanPage: Great Toy Dreams.
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