Uma História em Família.

 Quando escrevemos sobre algo que é raro, temos que reservar um espaço para contar a sua história. Porque é raro e o que o faz raro.  No caso do Corsa Champ 98 do amigo Rogério Hoffmann de Santa Rosa, temos bastante o que escrever.

O Corsa por si só já é raro. Faz parte do seleto grupo de 1.820 unidades produzidas pela Chevrolet em comemoração à copa do mundo de 98 na frança. Dentre outros detalhes, saiu de fabrica com rodas exclusivas aro 14 calçadas com pneus mais largos, faixas comemorativas estampadas na lateral, parachoque na cor do carro, um kit de saias esportivas e pintura em cor exclusiva. Em suma, foi uma série especial que a GM criou pelo fato de ela ser uma das patrocinadoras da copa do mundo na ocasião.

Além desses atrativos que tornam o carro muito diferenciado em relação a outros Corsas do mesmo ano de fabricação, existe algo ainda mais raro nesse exemplar: a história que leva consigo durante seus 14 anos de existência, passando de geração em geração na família Hoffmann.

Tudo começou com o pai do Rogério, que ganhou o carro zero quilometro no sorteio de uma rifa! Ele usou o carro por cerca de um ano e passou ao seu filho mais velho, Paulo Hoffmann, que acabara de receber sua carteira de habilitação.

Foi Paulo quem selou o destino desse Corsa Champ: andar baixo! Manteve a originalidade do carro, apenas rebaixou e instalou um bom sistema de som, o qual está instalado até hoje no carro, e que continua tocando as trilhas sonoras dos roles dos finais de semana.

Na época era um dos únicos carros rebaixados da cidade e chamava atenção por onde passava. E claro, foi nessa época que, como todo carro rebaixado que tem historia pra contar, frequentou o guincho algumas vezes.

Rogério estava ficando velho, chegou aos 18 anos e recebeu sua carteira de habilitação, e juntamente com ela, um grande presente: o Corsa que fora de seu pai e deu irmão mais velho.

Desde que tem o carro, Hoffmann fez algumas pequenas alterações funcionais, mas nada que mude o visual ainda original do carro: “Pra mim o carro não precisa ter balaca e muita frescura. Quanto mais original deixar, mais bonito irá ficar! No máximo rebaixar, colocar um insul-film, som e uma roda do seu agrado, ou original mesmo. Com isso já irá chamar atenção por onde passa.”

Hoje, o Corsa já não frequenta mais o guincho, pois Hoffmann tratou de regularizar todo o sistema de suspensão rebaixada. Foi o terceiro carro com laudo para rebaixado na cidade.

O sistema de iluminação também foi alterado, agora o exclusivo hatch da GM conta com lâmpadas de xênon nos faróis principais e nos faroletes.

“Esse carro passou de geração a geração na família. Temos muitas histórias com esse grande Corsa Champ, único na região noroeste do Rio Grande do Sul. Por onde passa, chama atenção. Quem já andou nele, conhece um pouco das histórias que foram construídas ao longo dos anos, hehehe”. Conta Hoffmann, orgulhoso da história que o carro tem na sua família.

Agradecimentos do dono do brinquedo:

“Agradeço ao pessoal do Great Toy Dreams, Vincezo Bolzani, Lucas e Daiana Pause, que nos recepcionou muito bem com umas Bud beem geladaaaaa!!! E agora grandes amigos!!! E não poderia deixar de fora meus brothers que foram para Santo Ângelo, também para registrar seus brinquedinhos: Alex Brito, Jef and Cebola Minnikel (cebola foi só pra toma cerveja e fazer seu show de stand up comedy hahahaha). Valeu galera pela participação. Um forte abraço e sucesso ao Great Toy Dreams! Tamo junto e misturado... hehehe. E , claro, agradeço a família Hoffmann por todo o esforço e cuidado com o Corsinha!”

“Os roles com os amigos não tem preço... Apenas Histórias pra contar”

Texto: Lucas Pause.

Fotos: Vicenzo Bolzani.

Ficha Técnica:

Carro: Chevrolet Corsa Hatch 1.0 / Série Especial Champ 98.

Rodas: Originais R14, de fábrica.

Pneu: 185/60 R14

Suspensão: Macaulay – SP

Dono: Rogério Hoffmann

A Verdadeira Essência

Quando li a história do Celta do Alex, de imediato pensei: essa é a história que sempre procurei para postar no blog. Após uma análise do texto juntamente com o Bolzani, chegamos a mesma conclusão: isso é Great Toy Dreams! O carro não precisa ser o mais baixo do mundo, nem ter as maiores rodas. O que é necessário é uma verdadeira paixão entre o dono e seu brinquedo. Quando definimos o nome do blog, foi nisso que estávamos pensando. Cada um tem seu sonho e busca realizá-lo na medida do possível e por isso dá valor ao que tem na mão.

E por nos identificarmos tanto com a história, decidimos que o texto enviado pelo Alex seria publicado na íntegra aqui no blog. Portanto, num tom bem gaudério e divertido, conheçam um pouco da história desse Celta Missioneiro.

“Bueno, nessa prosa conto um pouco do meu Celta Spirit 1.0 – 2010.

A maioria da gurizada, quando chega aos 18 anos, tem o tal sonho medonho que é tirar a carteira de habilitação e ter o primeiro carro. Comigo não foi diferente.

No início da lida campeira, o gaúcho dificilmente tem “algum pila na gibera” pra conseguir comprar o tal sonhado “primeiro carro”. O patrão da casa, o pai, raramente deixa dar umas voltas com o carro dele, mas de vez em quando aquela fugida acontece e ainda faz questão de passar na frente dos amigos, se achando o galo véio.

São tudo coisas que fazem o cara valorizar ainda mais a aquisição do primeiro carro. Logo de partida não deu pra adquirir o tal automóvel, sendo que de início parti pra uma Biz 125. Pra mim já tava loco de bão, pra quem nunca teve nada no nome.

O tempo foi passando, o gaúcho véio foi juntando uns troco, e com meus 23 anos a idéia de comprar um carro começou a amadurecer de um jeito que não tinha mais jeito. Eu tava entre um Gol e um Celta. Na época a intenção era de pegar o mais barato, o mais simples, o mais econômico, ou seja, o carro tinha que ser pelado.

Bueno, em julho de 2010 adquiri meu primeiro carro, o Celta, e com muito sacrifício, foi zero bala. Tava mais faceiro que piá de bombacha nova. Sem querer mentir, mas na primeira semana eu lavava ele quase todo dia. No primeiro mês então, o Celta fez coisas que até Deus dúvida.

Claro, o Celta era pelado como já havia dito. Mas não teve jeito, sem um sonsinho carro não é carro. O negócio foi sacrificar algumas coisas como algumas cervejadas e mordomias que se tinha. Depois de 3 meses com o Celta, comprei um sonsinho da pionner e 2 alto-falantes pras portas. Não tocava nada, mas já tava loco de faceiro.

Foram várias as histórias com o Celta. Já andou em lavoura de soja, já serviu de motel disfarçado, já foi palco de shows e de muitas outras façanhas, mas que só vem acaso contar no acompanhamento de uma baita costela no fogo e muita gelada. Mas resumindo, o bendito nunca me deixou na mão!

Com o tempo, o Celta foi sendo aprimorado. Começou com rodas esportivas aro 14”, depois alguns detalhes internos, logo teve a substituição das molas originais por molas esportivas pra dar aquela sentada básica e por fim um sonsinho meia boca, com 2 6x9 da Bomber no tampão, 1 sub de 12” da Bomber, 1 corneta e 1 super tweeter da Hurricane e um módulo da Explodsound. Claro que sempre consultando as dicas do mano véio Jefer, parceiro desde os tempos de piá, que nem gosta de ajeitar um carro.

Pondo um fim na prosa, o Celta ta aí hoje fazendo até ensaio fotográfico. Mas é aquela história, cada um com suas paixões.

Agradecimento ao pessoal responsável pelas fotografias e aos amigos Jeferson, Junior (vulgo Cebola) e Rogério que acompanharam e que também tiveram seus automotores registrados.”

O Alex que veio para Santo Ângelo para acompanhar o ensaio dos carros dos amigos Jef e Hoffmann, não se conteve e tratou de incluir o celta no set list do dia. Paixão por carros é assim, a gente sempre quer dar um presente para o nosso brinquedo!

Texto: Lucas Pause.

Fotos: Vicenzo Bolzani.

FanPage: Great Toy Dreams.

Menos é Mais. Simples Assim!

Baseado na ideia de um visual clean, esse Gol G5 desfila pelas ruas de Santa Rosa - RS expondo um estilo em que tudo é feito na medida certa.
A paixão por veículos vem de infância. Aos 13 anos Jef, dono do Gol G5 que ilustra essa matéria, já manobrava caminhões e carros na empresa de transportes da sua família. Desde então a vontade de ter seu próprio veículo começou a brotar na sua cabeça.

Depois de vender seu primeiro brinquedo, Jef adquiriu um Gol 2009. Como o carro foi comprado zero quilometro, tudo foi escolhido nos mínimos detalhes, inclusive a cor, conforme conta Jef: “Em 2009, a cor branca ainda não estava “na moda”, muitos me diziam que era cor de carro de prefeituras e de empresas de serviço(hahaha!). Mas sempre gostei da cor branca e hoje me agrada muito ver que carros como Bmw, Audi e outros importados estão sendo fabricados na cor branca.”

Todos adereços externos do carro foram muito bem estudados antes de serem adquiridos. Depois de muito pensar e discutir em fóruns na internet, Jef finalizou sua ideia em algo simples, mas que o agradasse e combinasse com as linhas do carro.

 

Por conta disso, o Gol recebeu alguns acessórios originais da Volkswagen para garantir as linhas originais do carro, como por exemplo, os faroletes equipados com lâmpadas de xênon e os frisos cromados na lateral.

“Gosto de modelos que mantêm a originalidade, apenas dando aquele “up” e diferenciando-se dos outros”, conta Jef sobre a escolha das rodas, que, também, foram escolhidas a dedo. Trata-se de réplicas do Gol Power no aro 17 que, melhor que qualquer outro modelo, combina perfeitamente com o desenho do carro.

E a paixão por veículos não termina no Gol. “Para finais de semana, estou “mexendo” na minha relíquia, um Santana Glsi 1995, injetado, com “alguns” poucos cavalos a mais que o gol.” Segundo Jef, é só questão de tempo para o seu brinquedo de final de semana visitar o Great Toy Dreams. 

 

Ficha Técnica:
Carro: VW Gol G5 Ano/Modelo 2009
Rodas: Noova Nv 18 Prata Claro
Pneus: 215/45/17
Suspensão: Preparada por Alemão Suspenssões, Santa Rosa-RS
Agradecimentos: Todos que fizeram parte de ensaio.

Texto: Lucas Pause.

Fotos: Vicenzo Bolzani.